Burn Your Tongue (Part VIII)
Mais uma parte de Burn Your Tongue (:
Ah, tenho que avisar uma coisa :D Agora, além de encontrar todos os contos na página do lado esquerdo, no lado direito do blog, você encontra um banner (o que está aqui em baixo) de Burn Your Tongue com link direto para o último capítulo postado o/ Acho que assim fica mais fácil, né? :)
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Quem adivinhar quem são esses dois personagens ganha participação num spinn-off de BYT :) |
Mais uma coisa!
Capítulo dedicado às três pessoinhas que mais me apoiam: Novinsky (hey, madre!), Luana (sem pressão né? rs) e Paula (eu sumo, você some... e por aí vai... rs). Sem vocês BYT não estaria aqui, GRACIAS mesmo mesmo (:
Agora, vou parar de falar, já enrolei demais ;p
Ah! Não esqueça: Quem adivinhar quem são os dois personagens do banner ganha participação num spinn-off de BYT :)
Lizzy, com Jule a tira colo, me
mostrou boa parte da fazenda, e quando digo “boa parte” é boa parte, as salas
de treinamento prático, as de treinamento psicológico –e me peguei perguntando
qual o tipo de treinamento seria esse ganhando apenas um sorriso de lado de
Lizzy; as quadras, as piscinas, as pistas de corrida –é, haviam mais três –os
cômodos que eu poderia entrar, todo o segundo andar era aberto, por assim dizer, mas o terceiro não. Haviam até guardas
para impedir qualquer tentativa dos novatos passarem. Pelo o que ela me contou,
haviam apenas mais dois garotos em fase de treinamento que eram acompanhados de
perto por seu primo. Ela me surpreendeu com seu tratamento, não parecia mais
aquela garota animada que dividia a mesa comigo aos sábados. Parecia uma garota
de gelo, com olhos faiscantes. E eu gostei disso. Mais do que queria. Mais do
que poderia aceitar.
Já era tarde da noite quando ela
me liberou. Cheguei e fui recebido pela Inquisição de Alazar. Eu só queria uma
cama para dormir, era pedir demais?
-Pensei que tivessem te matado!
Como me deixa tanto tempo assim no escuro? Garoto IRRESPONSÁVEL! Quando eu contar
aos seus superiores o que você anda fazendo ao invés de trabalhar no que lhe
foi designado! –Alazar gritava a plenos pulmões, se eu não soubesse que nossas
paredes são a prova de som estaria preocupado que todo o bairro o ouvisse.
-Relaxe, Alazar. Relaxe. Não acho
que seu coração agüente tanta emoção assim. Você já não é um garotinho meu
amigo... –Tentei fazer uma brincadeira, mas sua cara de poucos amigos mostrou
que não funcionou. –Tudo bem, tudo bem. Passei o dia fazendo o teste para
entrar no clã de Elisabeth. E adivinha só? Eu passei. Pode me chamar de novato.
–Gargalhei.
-Você é doido, menino. Sabia
disso? –bufou. –Não pode sair por aí fazendo essas coisas. Principalmente
quando deveria estar correndo atrás do que é pago para fazer, você não deveria
ficar correndo atrás de uma garota, Thomaz. Meninas vem e vão, não se precipite
por um amor juvenil, você tem muito tempo ainda.
-Não estou fazendo isso por uma
menina, Alazar. –Não, não é por uma menina qualquer. É por Elisabeth. –Faço isso
por mim. Não por ela. E quando eu acabar, Lizzy irá querer que isso nunca
tivesse acontecido.
-Jovens. Sempre fazendo
besteiras. –balançou a cabeça e virou as costas, subindo as escadas. –Quando isso
acabar, veremos quem estava certo. E vá logo para o seu quarto, te enviaram
algumas caixas hoje de manhã, são as informações do seu trabalho. Ah! Mais uma
coisa –parou no topo da escada, com o olhar em fenda –amanhã você tem aula. Vá
dormir!
Aproveitei a súbita mudança de
humor de Alazar para subir e dormir um pouco, se antes não estava sentindo nada
pelo dia de hoje, agora as dores vieram com tudo. Minhas costas queimavam a
cada movimento de respiração, meus olhos ardiam e sentia que meu pescoço nunca
mais seria o mesmo. Precisava de um banho quente, de uma massagem. Mas minha
cama já ajudaria bastante.
Já me sentia melhor ao sair da
ducha, empurrei as caixas para longe da cama e me larguei ali. Amanhã arrumaria
aquilo, com calma, então poderia analisar o que haviam me enviado. Não tinha
ideia do que viria pela manhã, mas com certeza Lizzy não iria mais me ignorar.
...
Ainda estava há menos de dois
quarteirões da escola quando o celular tocou, Elisabeth. Tive que encostar para
atender, depois de quatro chamadas não atendidas.
-Por que não está aqui?
-Bom dia para você também,
Elisabeth.
-Bom dia, Thomaz. Por que não está aqui? –sua voz estava uma mistura
de irritada e sonolenta, se eu pudesse dizer alguma coisa sobre isso... diria
que era... bonitinho.
-Aqui? Estou quase chegando na
escola, não se preocupe, não irei me atrasar.
-Quem está falando da escola? Thomaz, você tem que me buscar todos os
dias, para irmos ao colégio juntos. E se você não correr, chegaremos atrasados
para o primeiro tempo.
-Estou há dois quarteirões do
colégio, por que exatamente eu voltaria e iria te buscar agora? Melhor um
atrasado do que dois, não acha?
-THOMAZ! Você é meu novato! Um dos seus deveres durante a semana é me
levar para as aulas. E, pode apostar, você não entrará nem no estacionamento se
eu não estiver junto. Entendeu? Então dê meia volta nesse carro agora e venha
me buscar logo!
-Você poderia ter me avisado
disso antes, não é? –perguntei, já olhando para os lados, procurando algum
lugar para fazer o contorno.
-Você não leu o manual? –que manual? Ela está bem?
-O manual que Jule colocou no seu bolso, ontem, antes de você ir embora.
Você não confere os seus bolsos, Thomaz? –o traço de irritação havia
voltado e a sonolência, aparentemente, havia sumido por completo.
-Normalmente sim. Ontem estava
cansado demais para me preocupar com bolsos. –dei de ombros.
-Incrível. Ande logo. –desligou sem
me dar chance de dizer qualquer coisa. Essa menina vai me enlouquecer.
Completamente.
...
Dez minutos depois, eu estava
estacionando na frente da imponente casa dos Karlin –muitos quarteirões a
distância da escola, nosso primeiro tempo estava perdido.
-Espero que amanhã você não se
atrase assim. Não posso perder muitas aulas, se vier com mais uma nota baixa, o
tempo vai fechar no clã. –Lizzy entrou no carro correndo, olhei para fora e
percebi alguém nos observando por uma das janelas do segundo andar. –E, para
ser sincera, não quero enfrentar outra tempestade tão cedo.
-Você deveria ter me avisado,
sabe disso. –Já havia colocado o carro em movimento. –Poderia ter me enviado
uma mensagem, qualquer coisa! Ora, esse é meu primeiro dia de novato!
-E não começou muito bem, não é? –arqueou
uma sobrancelha. –De qualquer forma, agora você sabe. –um pequeno sorriso se
formou –Além disso, não estava com vontade de ir à aula de Educação Civil
mesmo. Já sei tudo o que preciso saber sobre isso, tive aulas com o melhor
professor.
-Posso saber quem é esse? –perguntei,
mesmo temendo uma resposta negativa.
-Meu avô. –Ela sorriu e olhou
para fora. Não voltamos a conversar durante todo o caminho. Quando chegamos, me
avisou que deveria esperá-la no final das aulas pois eu a levaria para casa. E
seria assim todos os dias.
Fora isso, foi um dia
completamente normal. É claro, meu parceiro nas aulas de química e biologia
havia mudado repentinamente: a linda menina de olhos azuis fora trocada por um
garoto forte, com tatuagem no braço –um dos amigos do primo de Lizzy. Estava lá
para “tomar conta” de mim. Não vi minha mentora
durante todo o período de aulas, nem mesmo no almoço, quando normalmente ficava
sentada em uma das mesas afastadas com suas amigas. As amigas estavam lá,
Elisabeth não.
Tentei sondar alguns garotos, mas
ninguém a viu o dia inteiro. Mas quando o sinal tocou, ela se materializou em
frente ao meu carro. E eu não pude perguntar nada, ela entrou falando no
celular e saiu falando no celular. Tudo o que recebi foi um “não se atrase
amanhã” e uma mensagem no celular.
Relaxe, durante a semana você só precisa fazer o papel de motorista. No final de semana as coisas irão esquentar. Boa sorte. Jule
É, irei aproveitar enquanto
posso. Descansar enquanto posso, porque pode apostar, toda essa gentileza de Elisabeth irá sumir no
final de semana. E começar a fazer o meu trabalho, aquelas caixas não irão
sumir sozinhas do meu quarto e meus chefes não ficarão nem um pouco felizes em
saber que deixei um trabalho de lado para cuidar de assuntos pessoais. Não sei
até quando conseguirei levar os dois, mas preciso fazer isso de qualquer jeito.
-Ah, chegou cedo hoje. –Alazar,
sempre educado, me recebeu com um sorriso de escárnio.
-Não comece...
-Não está mais aqui quem falou. –levantou
as mãos em sinal de rendição. –Mas suas caixas continuam lá.
-Eu sei, eu sei. Já estou indo.
E assim o meu final de tarde se
arrastou. Fiquei perdido no meio da tonelada de papéis que haviam me enviado e
ao invés de arrumar meu quarto, o deixei mais bagunçado ainda.
Só me lembrei do manual que Jule
me deu antes de ir dormir. O peguei para ler e percebi que iria ter problemas,
aquilo não poderia ser chamado de regras. De jeito nenhum. Eu estava perdido.
Completamente perdido e a culpa era toda minha. Onde fui me enfiar? Essa coisa
de clã era mais pesada e complicada do que imaginei. Como Lizzy consegue viver
com tudo o que lhe é imposto?
4 comentários
É, tem algumas regras que são mesmo impossíveis de cumprir! Hahaha Obrigada pela deidcatória e desculpe pela pressão, mas é que a curiosidade para saber o que vai acontecer me mata! Estou adorando o desenrolar, e esses mistérios em volta de Thomaz me deixam mais curiosa ainda também hahaha
ResponderExcluirMas, bem, boa prova no enem! :D
E quanto ao banner, bem, eu ainda não sei bem, mas como o garoto é loiro eu chutaria que são Caleb e Lizzy... (?)
Beijoss, bom domingo!
Corre lá no Projeto Atrás do Pensamento que tem novidade.
ResponderExcluirBeijos
Pamela, moderadora.
Eu imagino quais sejam as regras pelos testes que ele fez coitado... kkkk ta enrolado.
ResponderExcluirAguardo pelo proximo! ;)
Beijos da apoiadora :D adorei! =D
Ahammm. Ele tem personalidade ,esse garoto.Muito fofinho o esforço dele para ficar perto da Lizzy. Mas ela não facilita né?
ResponderExcluirBjs e não pare nunca. Lendo aqui,posso comparar seu conto com contos publicados de grandes escritores.
Você é minha escritora favorita.
Bjs
Muito obrigada por passar no Doki Doki! A sua visita é super importante para mim. Me conte, gostou de alguma coisa no post? Não gostou? Me ajude a produzir conteúdos cada vez melhores, a sua opinião é muito importante.