Na Companhia das
Estrelas – Às vezes, um bom coração é tudo de que um homem
precisa
Autor: Peter
Heller
Páginas: 407
Editora: Novo
Conceito
Classificação: 5/5 Luas
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capa |
Que fique bem claro: cada um tem sua própria opinião. E a minha é a que você está lendo nesse momento.
Me sinto bem em
dizer que todas as semanas que levei para finalmente terminar a
leitura desse livro valeram a pena. Precisei de tempo para absorver
muita coisa nessa história. Precisei de tempo para me acostumar com
a forma de narrar de Peter. Precisei de tempo para me acostumar ao
que sua história estava me mostrando. Precisei de tempo para por em
ordem o que estava sentindo.
Suas linhas e frases são inquietas, com uma dor escondida da
superfície, mas que se faz presente – e com mais força a cada
página virada. Num primeiro momento, não sabia como colocar em
linhas o que senti enquanto lia a história desse personagem tão
singular. Hig apareceu num momento conflitante do meu semestre –
entre provas e a ansiedade da liberação da bolsa de iniciação
científica – e me descobri aprendendo a conhecer ele e Jasper. E a
descobrir que, nos tempos difíceis – e corro o risco de dizer,
sempre – tudo o que precisamos está dentro de nós mesmos.
Estava sorrindo. Podia sentir minhas faces se esticando. Fiquei entrincheirado novamente na beira do cânion e escrevi verticalmente em uma folha, o maior que pude: EU
Nos primeiros capítulos, tive a sensação de que a história fluia
de maneira devagar, mas com o passar dos capítulos percebi que não
era lentidão e sim suavidade. A forma de narrar de Peter Heller
é singular – seus parágrafos possuem espaçamento, não há
diálogos da forma com que nos acostumamos e os travessões não
aparecem (Sinceramente? Foi beme stranho no começo, mas nada que
seja inacostumável).
Provavelmente é a fase em que estou, mas gostei realmente de ter a
oportunidade de ler uma história tão forte (no sentido de possuir
muita carga emocional, muita expectativa, muita esperança) e com um
caminho tão bonito. Hig poderia ser considerado um exemplo – mas
não me atrevo a tanto. Jasper é um personagem cativante. Papi é
interessante de uma forma confusa. E o pano de fundo dessa narrativa
– a doença que extermina multidões ( e tudo o que mais amamos) –
poderia ser real, poderá ser real se continuarmos com essa cede
insaciável que corroi tudo e todos pela frente.
Quando estarei em casa? Não sei.
Na Companhia das Estrelas é robusto, nem um pouco ingênuo e
pede mais do que aparenta. Não deixe de ler e voltar para me contar
o que achou – e o que sentiu.
PS: Me pergunto “quando estarei em casa?” E percebo que,
talvez, a resposta seja “quando meu coração estiver em paz,
porque “casa” é onde as pessoas que amamos estão”, e eu sei
onde elas estão. Você sabe onde as suas estão?
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