Autora: Regina O’Melveny
Páginas: 350
Editora: Novo Conceito
Classificação: 4/5 Luas
Classificação: 4/5 Luas
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capa |
Foi quando escrevi um pouco para afiar o espírito e os sentidos.
Este livro de Regina O’Melveny ocupou minha mente por
um longo período – mesmo após a leitura ter terminado, sua história ao mesmo
tempo em que me encantou, deixou meus nervos em frangalhos ao me transportar
para uma época diferente com conflitos um tanto quanto singulares.
Não sabia o que esperar quando
comecei a ler O Livro da Loucura e das
Curas, então conheci Gabriella e passei a lhe acompanhar sua jornada.
Gostei da forma de narrar de Regina, sempre em primeira pessoa e com detalhes
dos lugares e ações suficientes, para que pudesse criar toda as cenas na minha
imaginação, seguir os pensamentos de Gabriella fez com que me aproximasse mais
da história, quase como se a vivenciasse com ela, sentindo o que ela sentiu,
pensando o que ela pensou.
Agora ele jamais nos encontrará, pensei.
A personagem tem que completar
uma jornada, e durante suas viagens na companhia das estrelas e de outros
personagens, encontra mais do que uma gama de doenças e pessoas para ajudar a
curar – e palavras do interior de seu pai em cartas. Ela encontra
amadurecimento, angústia, amor e confusão (porque sempre que o amor aparece, algum
tipo de confusão o acompanha, não importa se física ou mental).
As doenças que ela encontra
possuem as mais diversas fontes, e os nomes que a autora lhes atribuiu colaboram
para que o leitor tenha ideia de suas causas – na minha opinião, o uso dessas
doenças (um tanto quanto literalmente alegóricas) foi uma jogada e tanto, pois
além de servir para contextualizar o tratamento que Gabriella terá que
utilizar, faz com que o leitor fique um bom tempo pensando a respeito (se
concorda ou não, se já sofreu disso, se conhece alguém que sofre).
Outro ponto que chama a atenção e
conquista é o fato de a história estar situada no período renascentista italiano
e nos mostrar um pouco da aristocracia desse momento, além de nos servir de guia
por lugares que não imaginamos. Muitas vezes Gabriella atende pacientes nobres
que sofrem de doenças muito singulares.
Ele tem me seguido, mas ainda mantém distância.
Singular também é sua relação com
Hamish. Hamish, o homem do norte, o homem que no deixa confusa por tempo mais
do que o suficiente e, além disso, o homem que faz Gabriella fez como nunca
imaginou ser possível. Não o acho tão interessante quanto outros personagens,
como os pais da moça, mas não posso deixar de dizer que seu personagem tem
papel fundamental na trama.
E quanto ao pai de Gabriella?
Bem, o pai de Gabriella é um caso à parte. Mesmo depois de tantas semanas de
término de leitura, ainda não consigo me decidir o que falar sobre ele, talvez
uma das frases do final de sua “aparição” seja o suficiente...
A Lua o deixara oco.
Com traços de narrar
característicos e limpos, O Livro da Loucura e das Curas é uma leitura gratificante
– e cativante.
Esse é um dos livros que quero muito ler :)
ResponderExcluirOi Vitória, tudo bem?
ResponderExcluirAchei interessante o fato do livro se passar durante o período renascentista. Na verdade gosto muito de livros de época, mas este não me chamou a atenção. Não sei te dizer se foi o título ou o que exatamente, mas não tenho muita vontade de lê-lo.
beijos
Kel
porumaboaleitura.blogspot.com.br