Eles não têm medo de ser quem são...
Autora: Sarra Manning
Páginas: 384
Editora: Novo Conceito
Classificação: 5/5 Luas
![]() |
capa |
Não conhecia Sarra Manning até
receber Os Adoráveis e para falar a verdade, não sabia muito bem o que esperar
desse livro. A sinopse me chamou a atenção e a ideia de conhecer uma personagem
diferente das que estou acostumada – mais real, mais perto do que conheço (mais
perto do que sou) e convivo todos os dias – foi tentadora.
Os Adoráveis conta a história de
Jeane, uma blogueira de opiniões e gostos fortes, viciada em balas,
desorganizada e cabeça dura – não parece alguém que você conhece? Jeane é
inteligente e consegue ganhar dinheiro com seu blog e produtos Adorkable, mas apesar
de ser super cool no mundo da moda e dos “adultos”, na escola a história é
outra – nem todos gostam da garota que descolore o cabelo e usa roupas
diferentes, e essa é uma das razões que ela teria para não passar um momento
pensando no popular Michael.
Jeane e Michael formam um par
interessante. Nenhum dos dois realmente dá o braço a torcer e encara a
realidade de que gostam da companhia um do outro mais do que previram. Quando
eles começam a sair escondido há uma junção e expansão de mundos que eles não
previram. É divertido acompanhar as mudanças que um faz no outro, querendo ou
não.
Os diálogos foram o grande
atrativo de Os Adoráveis. Conversas afiadas e afinadas tornaram os eventos
narrados realistas. Jeane, mesmo em seus momentos insuportáveis, era uma personagem
repleta de surpresas – sendo em suas conexões ou seus pedidos de comida ou
bichinhos fofos no twitter. Michael também se provou um personagem e tanto – de
garoto certinho passou a ser quase um rebelde em alguns momentos, e não posso
negar que seus pontos de vista sempre foram divertidos.
Mas como nada é perfeito, Scarlett
e Barney, nossos personagens secundários da vez, na minha opinião não foram os
melhores personagens do mundo. Scarlett não conseguiu me convencer. Mesmo
enquanto ainda namorava Michael e demostrava mais interesse por Barney do que
outra coisa, ela passava a impressão de ser uma personagem vazia. O mesmo vale
para Barney. Apesar de ter um vasto conhecimento sobre tecnologia, Barney era
apenas um peso na narrativa. E quando os dois viraram um casal, bem... foram
necessárias boas doses de força de vontade para continuar a leitura quando eles
apareciam.
Esse foi um dos poucos livros que
conseguiu unir nossas redes sociais queridinhas sem deixar que a história perca
o ritmo. Twitter e blogs estão tão envolvidos na narrativa quanto qualquer
outro personagem e só por isso já vale a leitura. Apesar de Scarlett e Barney,
minha nota é a máxima por algumas razões:
- A história convence
principalmente por existir personagens como eles, porque nós sabemos que
existem pessoas assim.
- Jeane por si só já faz da
história um prato cheio, além dela ser blogueira, é claro – sua relação quebradiça
com os pais, seu amor pela irmã, sua falta de organização em casa, seus maus
hábitos, seu vício por balas, seu vicio no twitter...
- Michael é fofo. E apesar de
Jeane não gostar, não vejo nenhum problema em garotos usarem roupas da
Hollister e Abercrombie.
Leitura mais do que indicada para
você, que quer ser um formador de opinião.
Postar um comentário
Muito obrigada por passar no Doki Doki! A sua visita é super importante para mim. Me conte, gostou de alguma coisa no post? Não gostou? Me ajude a produzir conteúdos cada vez melhores, a sua opinião é muito importante.